A Melancolia de Pandora
Cias. BR116, Lusco-Fusco e Theatre de l'Ange Fou
Espetáculo indicado ao Prêmio SHELL de Teatro 2016 - Categoria Melhor Cenografia
Ficha Técnica
Dramaturgia Steven Wasson e Corinne Soum
Diretor Steven Wasson
Co-diretor André Guerreiro Lopes
Elenco Bete Coelho, Djin Sganzerla, André Guerreiro Lopes e Ricardo Bittencourt
Sombras Perdidas Francisco Nogueira e Murillo Carraro
Diretor de Vídeo Gabriel Fernandes
Tradutor Marcos Renaux
Assistente de direção e Direção de Cena Rafael Bicudo
Cenógrafo Beto Mainieri
Cenotécnico Mateus Fiorentino
Figurinista Cássio Brasil
Assistente de figurino Luiza Curvo
Aderecista George Silveira
Costureiras Josefa E. Santa Rosa, Maria A. S. Gonsalves e Teresa Stucco
Diretor Musical Gregory Slivar
Operador de Som Cauê Andreassa
Iluminador Wagner Antonio
Operador de Luz Ricardo Barbosa e Tatiane Ursulino
Fotógrafa Jennifer Glass
Projeto Gráfico Ricardo Kawazu
Visagista Paulo Ávila
Assessoria Jurídica Oliveri & Associados
Produção Diorama Produções e Eventos
arquiteto: Daniel Pizzocolo
produtor de cena: Murilo Carraro
assistente de produção: Francisco Nogueira
assistente financeiro: Roges Alberto
produtora executiva: Sandra Santos
diretora de produção: Fá Almeida
Diretor Steven Wasson
Co-diretor André Guerreiro Lopes
Elenco Bete Coelho, Djin Sganzerla, André Guerreiro Lopes e Ricardo Bittencourt
Sombras Perdidas Francisco Nogueira e Murillo Carraro
Diretor de Vídeo Gabriel Fernandes
Tradutor Marcos Renaux
Assistente de direção e Direção de Cena Rafael Bicudo
Cenógrafo Beto Mainieri
Cenotécnico Mateus Fiorentino
Figurinista Cássio Brasil
Assistente de figurino Luiza Curvo
Aderecista George Silveira
Costureiras Josefa E. Santa Rosa, Maria A. S. Gonsalves e Teresa Stucco
Diretor Musical Gregory Slivar
Operador de Som Cauê Andreassa
Iluminador Wagner Antonio
Operador de Luz Ricardo Barbosa e Tatiane Ursulino
Fotógrafa Jennifer Glass
Projeto Gráfico Ricardo Kawazu
Visagista Paulo Ávila
Assessoria Jurídica Oliveri & Associados
Produção Diorama Produções e Eventos
arquiteto: Daniel Pizzocolo
produtor de cena: Murilo Carraro
assistente de produção: Francisco Nogueira
assistente financeiro: Roges Alberto
produtora executiva: Sandra Santos
diretora de produção: Fá Almeida
Sinopse
No início do Século XX, o Dr. Rudolph Ahriman (André Guerreiro Lopes) é o único ocupante do panteão dos deuses “alienistas”, explorando o submundo da psique humana. Considerando a si próprio um “libertador” da mente humana, o Dr. Ahriman é conhecido por sua teoria da “reconstituição e destruição do mito, como um calmante psicológico para os mitologicamente alucinados”.
O Doutor, e seu serviçal Max (Ricardo Bittencourt), deram o nome Pandora à sua atual paciente (Bete Coelho). Ela sofre, acreditam eles, de uma imaginação super ativa, um “excessus poeticus”. Sob o vigilante olhar de um Anjo perplexo (Djin Sganzerla), Pandora está perdida no labirinto de uma vida imaginária. Ela passou a maior parte de sua vida na cama, com medo de deixar o confinamento de seu quarto, remoendo-se em lembranças do tempo em que amou um jovem rapaz, perdido para sempre numa guerra esquecida. Para o Doutor, a mulher se exilou na terra de melancolia.
A terapia do Doutor leva Pandora por uma jornada através de paisagens de burocracia, guerra, cerimônias e retratos familiares, que desenrolam sua memoria. Ahriman destruirá o mito que ele acredita estar escondido em Pandora, ou a paciente será deixada vagueando nas estradas de sua ilusão?
“A Melancolia de Pandora” é uma peça absurda de teatro do movimento, repleta de ironia, drama e humor, pontuada por textos poéticos.
O Doutor, e seu serviçal Max (Ricardo Bittencourt), deram o nome Pandora à sua atual paciente (Bete Coelho). Ela sofre, acreditam eles, de uma imaginação super ativa, um “excessus poeticus”. Sob o vigilante olhar de um Anjo perplexo (Djin Sganzerla), Pandora está perdida no labirinto de uma vida imaginária. Ela passou a maior parte de sua vida na cama, com medo de deixar o confinamento de seu quarto, remoendo-se em lembranças do tempo em que amou um jovem rapaz, perdido para sempre numa guerra esquecida. Para o Doutor, a mulher se exilou na terra de melancolia.
A terapia do Doutor leva Pandora por uma jornada através de paisagens de burocracia, guerra, cerimônias e retratos familiares, que desenrolam sua memoria. Ahriman destruirá o mito que ele acredita estar escondido em Pandora, ou a paciente será deixada vagueando nas estradas de sua ilusão?
“A Melancolia de Pandora” é uma peça absurda de teatro do movimento, repleta de ironia, drama e humor, pontuada por textos poéticos.
Sobre o Espetáculo
O Theatre de L'Ange Fou, em seus mais de trinta anos de existência, já teve a oportunidade de formar diversos atores brasileiros em Mímica Corporal, atores estes que hoje são muito ativos na cena teatral brasileira. Um número sempre relevante de performers, atores e dançarinos vem a nosso estúdio em Londres para seus treinamentos, e o Theatre de L'Ange Fou, enquanto companhia teatral, sempre teve integrantes brasileiros. Por exemplo, o diretor do Estúdio Lusco-Fusco, André Guerreiro Lopes, foi nosso ator principal por vários anos. Este fenômeno pouco a pouco foi consolidando uma ponte entre o Theatre de L'Ange Fou e a cena teatral contemporânea no Brasil.
Mímica Corporal, Teatro Físico, Teatro Visual e Teatro do Movimento são nomes diferentes para a mesma coisa: uma visão teatral moderna e arejada que usa as infinitas possibilidades do corpo e da ação física como base para o trabalho criativo, e que por isso mesmo abraça e de certo modo refina sua expressão multicultural. A partir de minha própria experiência pessoal, tendo atuado e lecionado no Brasil (Salvador, 1998; Belo Horizonte, Ecum, 2002, São Paulo - convidado pelo SESC em 2005), para mim é mais que evidente que este tipo de teatro conversa intensamente com o público brasileiro, que reconhece sua força e sua validade dramática.
A MELANCOLIA DE PANDORA é uma continuação e um modo novo de explorar essa concepção de teatro, conforme visto na produção do Theatre de L 'Ange Fou -- O COMPLEXO DE ORFEU, que foi encenada em São Paulo em agosto de 2005, também no SESC. A parceria entre o Theatre de L'Ange Fou, a Companhia Teatral BR-116 e o Estúdio Lusco-Fusco traz a este projeto uma abordagem única. O domínio da linguagem corporal é a ferramenta ideal para representar a vida interior, o conflito, o surreal e a visão de outro mundo do projeto. Em conjunto com os excelentes atores da BR-116 e do Estúdio Lusco-Fusco e toda a equipe de criação, os textos poéticos e o Teatro do Movimento moderno favorecem uma múltipla interpretação emocional, espiritual e estética da história.
Steven Wasson - diretor
Sobre dar forma ao invisível
Quando, diariamente, abríamos a porta da sala 207 do Belgravia Workshops no nordeste de Londres, eu e meus colegas atores comentávamos que a sensação era de entrar em um universo paralelo. Do lado de fora deixávamos o barulho das ruas, os estados cotidianos, e mergulhávamos em um mundo próprio, de suspensões, espaços distorcidos, tempos dilatados, de personagens maiores que a vida, de pura invenção teatral: a caixa de Pandora do Theatre de L’Ange Fou e International School of Corporeal Mime. Vínhamos de todas as partes do mundo, Brasil, Europa, Coréia, Japão, Estados Unidos, Israel, Argentina, com um desejo ao mesmo tempo apaixonado e indefinível, que hoje entendo como o desejo de dar forma ao invisível. A intensidade era tal que a vida externa é que parecia irreal, absurda, chata. Por seis anos fiz parte desse universo ao mesmo tempo “estranho e familiar” inventado por Steven Wasson e Corinne Soum, jornada que influenciou definitivamente meu trabalho como diretor e ator.
Dez anos se passaram e hoje entro novamente nesta caixa, cercado de artistas que admiro profundamente. Inquietações comuns, experiências diversas, olhares múltiplos que abrem espaço tanto para o aprofundamento do trabalho que eu e Djin desenvolvemos há uma década na Lusco-fusco, quanto para o desconhecido, a surpresa, o novo. Agradeço à Bete, artista singular, por gestar este encontro único.
Agora a caixa se abre. O invisível toma forma. Bem vindos! O espetáculo é sobre tudo o que a caixa contém e quem sabe, parafraseando Gilberto Gil, também sobre o incontível.
André Guerreiro Lopes - codiretor e ator
Mímica Corporal, Teatro Físico, Teatro Visual e Teatro do Movimento são nomes diferentes para a mesma coisa: uma visão teatral moderna e arejada que usa as infinitas possibilidades do corpo e da ação física como base para o trabalho criativo, e que por isso mesmo abraça e de certo modo refina sua expressão multicultural. A partir de minha própria experiência pessoal, tendo atuado e lecionado no Brasil (Salvador, 1998; Belo Horizonte, Ecum, 2002, São Paulo - convidado pelo SESC em 2005), para mim é mais que evidente que este tipo de teatro conversa intensamente com o público brasileiro, que reconhece sua força e sua validade dramática.
A MELANCOLIA DE PANDORA é uma continuação e um modo novo de explorar essa concepção de teatro, conforme visto na produção do Theatre de L 'Ange Fou -- O COMPLEXO DE ORFEU, que foi encenada em São Paulo em agosto de 2005, também no SESC. A parceria entre o Theatre de L'Ange Fou, a Companhia Teatral BR-116 e o Estúdio Lusco-Fusco traz a este projeto uma abordagem única. O domínio da linguagem corporal é a ferramenta ideal para representar a vida interior, o conflito, o surreal e a visão de outro mundo do projeto. Em conjunto com os excelentes atores da BR-116 e do Estúdio Lusco-Fusco e toda a equipe de criação, os textos poéticos e o Teatro do Movimento moderno favorecem uma múltipla interpretação emocional, espiritual e estética da história.
Steven Wasson - diretor
Sobre dar forma ao invisível
Quando, diariamente, abríamos a porta da sala 207 do Belgravia Workshops no nordeste de Londres, eu e meus colegas atores comentávamos que a sensação era de entrar em um universo paralelo. Do lado de fora deixávamos o barulho das ruas, os estados cotidianos, e mergulhávamos em um mundo próprio, de suspensões, espaços distorcidos, tempos dilatados, de personagens maiores que a vida, de pura invenção teatral: a caixa de Pandora do Theatre de L’Ange Fou e International School of Corporeal Mime. Vínhamos de todas as partes do mundo, Brasil, Europa, Coréia, Japão, Estados Unidos, Israel, Argentina, com um desejo ao mesmo tempo apaixonado e indefinível, que hoje entendo como o desejo de dar forma ao invisível. A intensidade era tal que a vida externa é que parecia irreal, absurda, chata. Por seis anos fiz parte desse universo ao mesmo tempo “estranho e familiar” inventado por Steven Wasson e Corinne Soum, jornada que influenciou definitivamente meu trabalho como diretor e ator.
Dez anos se passaram e hoje entro novamente nesta caixa, cercado de artistas que admiro profundamente. Inquietações comuns, experiências diversas, olhares múltiplos que abrem espaço tanto para o aprofundamento do trabalho que eu e Djin desenvolvemos há uma década na Lusco-fusco, quanto para o desconhecido, a surpresa, o novo. Agradeço à Bete, artista singular, por gestar este encontro único.
Agora a caixa se abre. O invisível toma forma. Bem vindos! O espetáculo é sobre tudo o que a caixa contém e quem sabe, parafraseando Gilberto Gil, também sobre o incontível.
André Guerreiro Lopes - codiretor e ator